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Pílula que previne a Aids será oferecida pelo SUS

Article-Pílula que previne a Aids será oferecida pelo SUS

Uma vez ingerido todos os dias, o medicamento reduz as chances de contaminação pelo vírus

pilulaaidsComprimido reduz significativamente as chances de alguém contrair o HIVUm comprimido que reduz significativamente as chances de alguém contrair o HIV deve ser incluído na lista de medicamentos gratuitos do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com o Ministério da Saúde. Se isso acontecer, o Brasil será o primeiro país a adotar uma política pública de prevenção do tipo.

O anúncio foi feito na última terça-feira (19), durante uma apresentação da diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do ministério, Adele Benzaken, na Conferência Internacional de AIDS, em Durban, na África do Sul.

Chamado de profilaxia pré-exposição (PrEP), porém mais conhecida como Truvada, seu nome comercial, o medicamento reduz as possibilidades de contaminação pelo vírus da Aids, uma vez ingerido de forma contínua. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o remédio diminui em até 92% o risco de o vírus entrar nas células.

Entretanto, o medicamento pode provocar alguns efeitos colaterais, como tonturas, dores de cabeça, enjoos, ou até mesmo leves disfunções gastrointestinais e renais.

A pílula combina dois tipos de antirretrovirais (tenofovir e emtricitabitina) e é indicada para a população não infectada, mas que tem maior chance de contágio. A OMS sugere que homens homossexuais e bissexuais, usuários de drogas injetáveis, profissionais do sexo e outras pessoas que tenham risco de contágio considerem o seu uso.

Atualmente no Brasil, 734 mil pessoas convivem com HIV. A estimativa é que outras 145 mil não saibam que têm o vírus. Em números absolutos, 0,4% da população brasileira está infectada. Entre homens homossexuais e bissexuais, porém, o índice sobe para 10,5%.

A estimativa do Ministério da Saúde é de que 10 mil pessoas tenham acesso ao Truvada no primeiro ano.  De acordo com o ministério, o departamento de DST, Aids e Hepatites Virais já prepara um protocolo clínico de PrEP para ser encaminhado à Comissão de Incorporação de Tecnologia no SUS, órgão que define quais medicamentos, terapias e tratamentos são incluídos na rede pública.

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