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Rastreabilidade de medicamentos: sistema atinge a maturidade e tem novos desafios

Article-Rastreabilidade de medicamentos: sistema atinge a maturidade e tem novos desafios

Mudanças importantes devem acontecer no campo da rastreabilidade de medicamentos no Brasil. Um grande projeto encomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), analisa qual será a melhor forma de comunicação entre os elos da cadeia e os órgãos de controle e fiscalização — do momento em que o medicamento é fabricado, passando pelo distribuidor, até o seu consumo.

Mudanças importantes devem acontecer no campo da rastreabilidade de medicamentos no Brasil. Um grande projeto encomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), analisa qual será a melhor forma de comunicação entre os elos da cadeia e os órgãos de controle e fiscalização — do momento em que o medicamento é fabricado, passando pelo distribuidor, até o seu consumo.

O objetivo é que o Governo Federal, a partir desse estudo, defina os padrões de rastreabilidade do país.

O projeto envolve representantes da indústria farmacêutica e da academia, por meio do Gaesi (Gestão em Automação e TI), grupo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, em um acordo de cooperação com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP).

O laboratório Libbs é um dos participantes do projeto. Primeira farmacêutica brasileira a implantar um sistema de rastreamento de medicamentos por aqui, em 2014, a Libbs agora vai testar o sistema em desenvolvimento na Flaubastina, utilizada no trato de doenças oncológicas.

“O projeto elevará o Brasil para outro patamar, no ponto de vista de segurança”, resume Carlos Reis, diretor de Operações da Libbs. Mas, para dar certo, observa, os elos da cadeia precisam estar muito bem alinhados. “Esse é um dos desafios. Todos precisam investir em tecnologia e na melhoria dos seus processos internos.”

Transparência e informação para todos

Quando o projeto estiver finalizado e entrar em vigor, em 2022, o consumidor final poderá comprar um remédio na farmácia e, com seu smartphone, checar informações sobre o produto no código bidimensional (QR Code) inserido na caixa – por exemplo, a procedência (lote, validade, número de série e registro na Anvisa).

“Caso note alguma irregularidade, ele poderá contatar uma ouvidoria com o próprio aplicativo. É a verdadeira transparência, acessível à população. Um grande passo será dado no campo da rastreabilidade ao chegarmos a isso”, afirma o diretor de Engenharia e Suprimentos do HC-FMUSP, Marco Bego.

Essa arquitetura de dados ajudará a evitar fraudes e roubo de carga, entre outros problemas. Os órgãos de fiscalização e controle terão acesso a todos os movimentos do produto, acompanhando sua trajetória nas diferentes etapas logísticas (centro de distribuição, distribuidores, farmácias e drogarias até chegar às mãos do consumidor). Poderão saber, por exemplo, se o medicamento realmente está na farmácia ou se tem um alerta de recolhimento por ser proveniente de uma carga roubada.

Os desvios são muito significativos. Causam problemas econômicos, tanto quanto prejudicam a população. “Imagine um produto que tem controle de temperatura e armazenamento e é roubado. Ninguém sabe como foi controlado dali em diante. Ao ser ministrado ao paciente, o medicamento pode até ter perdido o efeito”, aponta Bego.

A rastreabilidade no maior complexo hospitalar da América do Sul

O diretor de Engenharia e Suprimentos do HC-FMUSP destaca os principais focos do projeto, que completa cinco anos.

Controle interno e segurança do paciente

O universo do HC é grandioso. Para dar uma ideia, somente de janeiro a julho de 2017, foram manejados 6,5 milhões de medicamentos. “É fundamental ter controle absoluto desse manejo”, alerta Bego.

O controle pelo código de barras torna muito mais simples e segura essa movimentação, feita por lote e considerando a validade objetivando usar sempre o que vai expirar primeiro. O sistema do HC também permite saber para qual paciente o lote foi destinado. "O medicamento certo, para o paciente certo, na hora certa. Essa é a checagem final do projeto.”

A gestão interna é feita pelas áreas de Suprimentos e Farmácia, de forma integrada. Essa relação, diz Bego, não pode ser feita em cima de suposições, e sim com base em informações. “Com o nosso sistema, controlamos todas as posições — 82 pontos de estoques, somando as farmácias centrais e as descentralizadas.”

Centro de Distribuição e Logística

Desde 2014, o HC mantém o Centro de Distribuição em uma área de 5.000 metros quadrados fora do complexo, em Guarulhos, na grande São Paulo. “Conseguimos trabalhar com cargas maiores e, graças ao projeto de rastreabilidade, solicitamos os medicamentos para o HC conforme a necessidade. Do contrário, nunca conseguiríamos ter um estoque no padrão de controle das melhores práticas dentro do hospital”, explica.

O HC trabalha com estoques menores, renovados a cada 10 ou 15 dias. “Eu sei quanto tem no estoque da farmácia do centro cirúrgico, no estoque da farmácia central e no Centro de Distribuição, e também quando realizar o processo para comprar. Sabendo melhor do consumo, eu compro melhor. É um círculo virtuoso.” 

Parcerias de peso

O Hospital das Clínicas da FMUSP e a Anvisa são parceiras de conteúdo da Hospitalar. Veja os fóruns que serão promovidos por essas instituições durante a feira.

Talk HC:  Venha conhecer a experiência do maior hospital público da América Latina


Em quatro dias de programação, serão 32 palestras que remetem à expertise desenvolvida pelo HC nas mais diversas situações do dia a dia no hospital.

Data: 22 a 25 de maio
Horário: 13h a 18h
Local: Estande HCFMUSP – Pavilhão Verde, Rua 13-163

Clique e veja a programação

Lançamento do Sistema Registro Nacional de Implantes – RNI

A Anvisa fará, na Hospitalar, o lançamento do sistema informatizado nacional para registros de procedimentos cirúrgicos envolvendo dispositivos médicos implantáveis.

Data: 23 de maio
Horário: 11h a 12h30
Local: Auditório 10 – 2º mezanino
Clique e veja a programação

5º Fórum de Dor: Atualizações e novas perspectivas


Promovido pela Divisão de Neurocirurgia Funcional do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP. Mecanismos da dor, novas evidências em dor perioperatória, canabinoides e neuromodulação da dor são alguns dos assuntos abordados nas palestras. A participação é gratuita.

Data: 24 de maio
Horário: 9h a 13h
Local: Auditório 11 – 2º mezanino
Inscrições: hospitalar.com/fóruns/congressos

Clique e veja a programação

Painel ANVISA: Atualização regulatória do IMDRF e MDSAP

Serão apresentadas as discussões do International Medical Device Regulators Forum e do Programa de Auditoria Única de Produtos para Saúde (MDSAP, na sigla em inglês).

Data: 24 de maio

Horário: 9h a 12h

Local: Auditório 12 – 2º mezanino
Clique e veja a programação

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