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“Sinergia é a palavra-chave”, afirma presidente da AFS

Article-“Sinergia é a palavra-chave”, afirma presidente da AFS

Presidente da AFS fala sobre os desafios do setor de Facilities

Em entrevista exclusiva ao portal Hospitalar, Jack Burgess conta como a área de Facilities vem crescendo no Brasil

A Associação Fornecedores da Saúde (AFS) surgiu há pouco mais de um ano e meio e, há nove meses, está funcionando oficialmente a pleno vapor. Tem como proposta dar uma resposta moderna e mais forte aos desafios enfrentados pelo setor e, para isso, aposta na complementaridade entre seus associados. Conversamos com Jack Burgess, presidente da AFS. Americano radicado no Brasil, ele fala dos principais desafios e expectativas para este ano e o que esperar da Hospitalar 2018. Confira:

Hospitalar – Esta será a primeira participação da AFS com um estande na área de Facilities na Hospitalar. O que vocês levarão para o evento?

Jack Burgess – Eu, particularmente, já frequento a Hospitalar há 23 anos, só não devo ter ido, talvez, na primeira ou na segunda edição. Os associados da AFS também já estiveram no evento por diversas vezes, mas é a primeira vez que há a participação da associação como um grupo, já que temos pouco mais de um ano de existência.

Hospitalar – Qual  é o motivo da escolha em expor na Hospitalar?

JB – Considerando-se que não há concorrência entre os membros da AFS, a minha expectativa, como presidente, é trazer mais empresas para cobrir aqueles produtos e serviços que ainda não têm representação. Hoje, temos 28 empresas associadas. É importante lembrar que as empresas são mais importantes que a associação, e esta é só uma forma moderna para reuni-las. Procuramos empresas novas, não concorrentes, e que agreguem valor. Por exemplo, ainda não temos fornecedores de camas hospitalares, e espero que façamos contatos com vários representantes desse setor. 

Hospitalar – Em seu ponto de vista, como está o setor de facilities atualmente? Dá para fazer um comparativo com outros países e traçar um cenário com as dificuldades, desafios e tendências desse segmento?

JB – Sendo um bom gringo, apesar de já estar aqui há 40 e tantos anos, sei que é uma filosofia existente há praticamente, 50 anos, mas se trata de algo recente no Brasil. É muito comum nos hospitais americanos e em outros empreendimentos ter um gerente de Facilites, que é o responsável pelo bom funcionamento do local de trabalho.  Temos as chamadas manutenção, engenharia, mas o termo “Facilities” engloba tudo o que é infraestrutura para prestar o serviço de saúde. Acho muito interessante. As dificuldades e desafios vão existir, mas a tendência é que o setor cresça cada vez mais, e com essa visão de infraestrutura em uma  entidade como um hospital.

Hospitalar – Como foi o ano de 2017 para as empresas no mercado de Facilities? Quais foram os entraves e conquistas?

JB – O ano de 2017 teve um balanço fraco. A maioria das empresas acompanharam o Brasil. Muitas propostas emitidas e poucas delas foram fechadas. Os hospitais, laboratórios, clínicas, estavam segurando investimento porque não havia confiança. Já entre o último trimestre de 2017 e o primeiro mês de 2018 foi bem diferente. As empresas estão fechando negócios e o cliente tem confiança. Mas o setor de saúde exige que você sempre esteja fazendo investimentos, sempre vai ter uma demanda por uma questão do próprio ser humano.

Hospitalar – Qual a expectativa para 2018? Como Associação existe alguma estratégia traçada?

JB – Esse ano, acredito, vai voltar ao normal. Sempre vai ter uma demanda que era evidente nos últimos 10, 15 anos, mas acho que a demanda para os produtos e serviços seja até maior que o normal para superar os pedidos que não foram feitos ano passado. A ideia é aumentar a visibilidade no mercado e a melhor forma é aproveitar e levar tudo isso em forma de evidências da área de saúde. Há também outro fator de complementaridade: quando a empresa está dentro da associação, normalmente, para hospitais indicados para outros associados, os preços são mais baixos porque não se paga comissão, nem DRT. Há uma vantagem de custo para os hospitais ao comprarem de empresas que estão compartilhando.

Hospitalar – A Hospitalar tem uma área dedicada diretamente ao setor de Facilities. Em sua opinião, qual a importância disso?

JB – Acho que qualquer setorização é importante porque as visitas são mais qualificadas. Por exemplo, uma pessoa que está construindo um hospital vai diretamente na área de Facilities para ver o que tem ali.

Hospitalar – Fale um pouco sobre a AFS, seus diferenciais, corpo de associados, tempo de atuação no setor de Facilities, e as propostas que conseguiram alavancar no mercado e o que pretendem implementar.
JB –
Sinergia é a palavra-chave entre os associados, inclusive entre os produtos.  Muitos dos nossos clientes aproveitam as indicações e fazem contatos com hospitais, consultorias, empresas de engenharia, e procuram aumentar essas vendas com as associações comerciais. Há três ou quatro casos em que dois ou mais fornecedores, associados da AFS, criaram novos produtos compartilhados.

Hospitalar – Qual a expectativa dos associados para a Hospitalar 2018?

JB – Vender produtos e serviços. Nós temos uma área geral de 135m2, onde estarão 18 empresas presentes com espaços individuais para conversar sobre seus produtos e serviços. Além disso, haverá uma área central da AFS. Em médio e longo prazos, nós queremos estabelecer uma parceria com a UBM Hospitalar. De uma certa forma, estamos usando a própria Hospitalar 2018 para realizar um projeto piloto, como primeiro passo para criar essa parceria. Há ideias interessantes para que os associados possam fazer parte das palestras, inserirem banners e deixarem seus produtos em exposição, da mesma forma que os hospitais ambientam suas salas cirúrgicas, por exemplo. O evento oferece várias vantagens, e podemos contar com indicações comerciais também.

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